segunda-feira, 25 de outubro de 2010


Saudade repentina. Isso mesmo! Saudade repentina. Gosto de sentir esse tipo de saudade. Porque é diferente de todas as outras, é uma saudade sensata, efêmera, mas sensata .

Gosto do jeito de como as coisas, vagarosamente, possuem uma  suprema qualidade de nos levar a lugares,conhecidos ou não . Isso me faz sentir mais viva.  Por que saudade se sente das coisas boas que foram deixadas lá atrás, onde denominamos passado. Mas por que passado? É tão difícil entender que a saudade existe pra nos mostrar que nada do passado permanece no passado?  O passado é o mestre dos sentimentos. Ele nos impõe um aguçado modo de sentir e não sentir.  Uma verdadeira transição que nunca é concluída, porque, digo e repito: o passado nunca permanece no passado. Lucidez? Não. Apenas uma forma de aparentar-me dependente do que vivi para fazer do meu futuro algo melhor. Não que não tenha boas lembranças para guardar do que já foi vivido. Isso jamais!   Mas quero que o meu  amanhã possa  ser melhor que ontem, mais importante que hoje , mais feliz que agora e poder sempre sentir saudade do que vivi e  estou vivendo para , gradativamente, me sentir inteiramente  cúmplice dessa “cadeia” que se chama crescimento . Porque sou mil das milhões  possíveis de mim. E a cada uma delas desejo um diferente tipo de saudade, repentina.

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