sexta-feira, 8 de novembro de 2013



    

     Passei a minha vida toda tentando consertar erros que cometi na ância de não faze-los. Tentando provar, pro mundo ou talvez apenas pra mim mesma, que eu não era aquilo que os olhos dos outros viam. Perdi momentos e prendi choro pelo mesmo motivo: querer ou preferir ver as outras pessoas sorriem. 

Passou se o tempo, continuei correndo, achando estar em busca de algo que eu bem sabia o que era,mas na verdade não sabia de nada. Não sei quem eu posso ser, quem escolhi ser , e como essa escolha acarretou na destruição de vários outros "eus" ,melhores ou estupidamente piores, que deixei de ser. Mas a verdade é que eu não sei de nada. Não escrevo poema bonito,não tenho uma família bonita e uma casa com jardim.Não acordo todos os dias no horário que quero e não vou dormir como tal. Não tenho nenhum olhinho miúdo pra chamar de meu. Nenhuma cabeça pra fazer cafuné. E mesmo que ache que um dia eu terei tudo isso,eu não sei de nada. Nada do que acontecera comigo nas próximas horas é sabido por mim. Não sei se vou chorar,se vou descobrir dois olhinhos miúdos dentro de mim,se vou fazer alguém sorrir,se vou limpar o jardim de uma linda casa só minha ou se continuarei a acordar cedo por obrigação... Coincidência? Que nada! A vida é feita mesmo é do saber de nada,da inconstância,do inevitável, improvável. E todos os dias eu acordo cedo- apenas por obrigação ,tendo apenas uma certeza no peito: Eu quero me renovar, quero ser feliz!

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