quinta-feira, 5 de dezembro de 2013


“Quando chega a hora, precisa saltar sem hesitar”

                                                                      (Le fabuleux destin d'Amélie Poulain)

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013




Essa é Ester.


Com sete anos de idade quis ser astronauta, não deu. Quis correr por campos de flores, não encontrou -- também não procurou muito. Quis cantar para milhares de pessoas, não sabia, não podia -- desistiu. Durante toda sua infância brincou sozinha com suas bonecas, cresceu e se acostumou a viver também sozinha, com seus personagens, suas histórias, suas divagações. Aos dez encontrou um palhaço encostado à lona no fundo do circo que disse a ela que a vida não tinha graça. Aos catorze pensou ter sentido o amor e chorou patética crendo piamente que aquilo nunca iria passar - e passou. Aos dezesseis sonhava em subir até o topo de uma torre telefônica que havia na sua cidade -- foi morar em outra cidade, nunca subiu a um lugar tão alto quanto àquela torre, mas ainda sonhava. Aos dezessete rodopiava pela casa ouvindo músicas e sonhando em ser livre como um pássaro. Nunca teve um sonho [desses que se sonha dormindo] que fizesse sentido. Passou cinco anos sem amar, embora ninguém tivesse quebrado o seu coração em pedaços. Aos vinte possuía dezenas de enormes sonhos no peito e nas mãos quase nada do que havia esperado para o futuro. Mas isso ninguém viu.
E nada disso importa agora.
Aos vinte e um ela caminhava à noite pela rua pensando em jogar tudo para o alto e ir viver a vida como se cada dia fosse o último, quando foi surpreendida por um caminhão que não deixou intacta quase nenhuma parte de sua casca chamada Ester - que já não parecia Ester, mas que nunca foi Ester --. Ester já não existia, ela costumava ser um conjunto de órgãos e pensamentos e principalmente sonhos. Enquanto a multidão toda se aproximava para ver o ocorrido, algo sem cor subia e explodia no céu azul escuro daquela noite sem estrelas, eram seus sonhos -- mas isso ninguém viu.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Você não é igual as pessoas que diz que ama. Não é igual as pessoas que admira.

Não é igual aos péssimos (nem bons) exemplos de quem convive.

Não.

Você não é igual a ninguém.
Você é o que você pensa ser todo dia quando acorda. 

Você é o seu caráter. E isso não precisa ser demonstrado a ninguém.
 Você é tudo que há por dentro. E isso ninguém pode ver...




Não deixe que idiotas estraguem seu dia.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013



Depois de um tempo você aprende  que os tombos te fortalecem,

que os ventos te levam e que a vida te molda da maneira que bem quer. 

Por isso não tente entender, tente viver.
Poucos conseguem...

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

?

...
Enquanto apresentava sua imensa biblioteca para o neto de sete anos, ele disse:
— Você precisa ler muito. Graças aos livros hoje eu sei quem foi Mozart, Chaplin, Chopin, Drummond, Gandhi e muitos outros seres memoráveis!
O garoto olhou confuso e perguntou:
— E nós, vô?
...
Quem somos nós?

Think the same as Drummond


segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Metanoia










  A mente é a grande comandante dos seus passos. Tudo depende da importância que você dá, de como você enxerga as coisas. Você pode enxergar um copo meio cheio ou meio vazio. Mas tenha em mente que enxergar a segunda opção é dar valor ao vazio, e vice versa. Valorize o que realmente merece ter valor. Cuide das pessoas que realmente ama. Abrace, perdoe, enxergue todas as situações como um convite a superação e a renovação dos seus princípios, e assim viva a vida que gostaria de ter. É só querer.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013



    

     Passei a minha vida toda tentando consertar erros que cometi na ância de não faze-los. Tentando provar, pro mundo ou talvez apenas pra mim mesma, que eu não era aquilo que os olhos dos outros viam. Perdi momentos e prendi choro pelo mesmo motivo: querer ou preferir ver as outras pessoas sorriem. 

Passou se o tempo, continuei correndo, achando estar em busca de algo que eu bem sabia o que era,mas na verdade não sabia de nada. Não sei quem eu posso ser, quem escolhi ser , e como essa escolha acarretou na destruição de vários outros "eus" ,melhores ou estupidamente piores, que deixei de ser. Mas a verdade é que eu não sei de nada. Não escrevo poema bonito,não tenho uma família bonita e uma casa com jardim.Não acordo todos os dias no horário que quero e não vou dormir como tal. Não tenho nenhum olhinho miúdo pra chamar de meu. Nenhuma cabeça pra fazer cafuné. E mesmo que ache que um dia eu terei tudo isso,eu não sei de nada. Nada do que acontecera comigo nas próximas horas é sabido por mim. Não sei se vou chorar,se vou descobrir dois olhinhos miúdos dentro de mim,se vou fazer alguém sorrir,se vou limpar o jardim de uma linda casa só minha ou se continuarei a acordar cedo por obrigação... Coincidência? Que nada! A vida é feita mesmo é do saber de nada,da inconstância,do inevitável, improvável. E todos os dias eu acordo cedo- apenas por obrigação ,tendo apenas uma certeza no peito: Eu quero me renovar, quero ser feliz!

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

quinta-feira, 7 de março de 2013

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

   

  Para aqueles que não acreditavam no meu potencial:

                                            APENAS OBSERVEM.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Eu pensei que pudesse esquecer certos velhos costumes,
pensei que já nem me lembrasse de coisas passadas,
pensei que pudesse enganar a mim mesma, dizendo que essas coisas de uma vida comum não ficavam marcadas.

Não pensei que me fizesse falta umas poucas palavras
dessas coisas simples que dizemos antes de dormir..
Os costumes me falam de coisas e fatos antigos
como as tardes alegres com nossos amigos
um final de tarde , um aconchego na cama, a luz apagada
Essas coisas que somente com o tempo se pode esquecer ..

Então eu me vejo respirando toda liberdade que alguém pode ter .

E de repente essa liberdade até me assusta ,
de repente me aceitar sem você um tanto me custa

Como posso esquecer os costumes, se nem mesmo esqueci de você?

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

It


Sou uma e sou muitas.
Obra "Mulher em frente ao espelho"
do espanhol  Pablo Picasso (1881 - 1973).
Sou pessoa e  personagem . Sou hipster  e sou antenada.

Sou quem admiro e tudo o que celebro.
Sou mídia e mistério.
Céu e  inferno. Impulso e compromisso . Tentativa e tentação. 

Sou cena e imprevisto. Sou intenção e improviso. Sou musica e sou silêncio.  
Sou tudo o que  quero conhecer, bem mais do que o seu olho pode ver.

Eu sou eu no meu tempo. Sou o que ficou pra trás com o que virá do futuro, sou o que escolhi - a densidade de todas as vibrações! 
E junto a esse misto de sensações encontro a fórmula do meu novo e antigo fazente do nascente eu! 


Quem sou eu

Minha foto
Eu sou a poesia que se perdeu no vento.